Já faz um tempo que não vejo aquelas propagandas de margarina com aquele costumeiro cenário: uma linda manhã de sol, família reunida na mesa para tomar café e sorrisos para todos os lados. Pode ser um bom padrão de família esse das propagandas, mas há pessoas que mesmo estando entre tanta gente, ainda assim se sentem sós.
Uma
vez Octavio Paz escreveu: “O homem é o único ser que se sente só”. Porém, tão
só que deixa a televisão falando sozinha para atenuar a solidão. Mente fugindo
do silêncio e olhos buscando algum sinal de vida, alguma pessoa para conversar,
algum SMS novo, uma notificação no Facebook ou um e-mail. Pensamentos distantes
querendo aproximar pessoas queridas ocupam o tempo, enquanto a saudade se
agarra às lembranças.
Mas
afinal, o que queremos? Construir uma máquina do tempo e refazer escolhas ou
apenas se contentar com o que tem? Viver intensamente o agora ou com calma e
sem pressa da vida acabar? Declarar o amor para a pessoa ou só ficar no “e se”?
Começar ou terminar? Partir ou ficar? Sorrir ou chorar?
Em
meio às perguntas, problemas e raciocínios emaranhados, no final das contas o
que se quer é um lugar para voltar, um lugar onde alguém esteja te esperando. Esse
alguém pode ser a família, um animal de estimação ou até amigos. O difícil é
voltar para casa que não pode ser chamada de lar.
Falando
nesse tom até parece que a vida não tem cor, mas somos livres para sentir e se
abrir ao que o mundo nos oferece ou surrupia de nós. Em um dos textos de
Chaplin diz: “Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que
eu queria ou posso ser grato por ter nascido”. Às vezes só pelo fato de mudar
um pouco o ponto de vista, o seu redor pode mudar e muito. Podemos nos perguntar
se temos medo da mudança ou se temos a coragem para dar o próximo passo em um
caminho desconhecido. Mas lembre-se sempre que “começa hoje mesmo a vida que te
resta”.
Especial inspirado em Taiyou no ie
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